CenárioS das Ciências e tecnologias no brasil

“Quando estamos perto uns dos outros, o medo da incerteza diminui.
As experiências de conexão com as pessoas, sempre buscam um bom lugar.
Sinto-me então realizado, aliviado por poder trocar meu eu com o outro,
por desenvolver ideias coletivas.
Assim, nada parece impossível. Há sim, esperança e vigor no colaborativo.

Minha memória do futuro escancara meu coração, me abre e me faz ser eu mesmo hoje.
Mas logo me percebo na dúvida:

Será que é válido pensar o futuro esperando o melhor?
E como som de um ruído distante, também percebo sementes e brotos por toda parte.

A vida é a dor e a delícia de sermos o que somos?
É necessário criatividade, é necessário liberdade.
E me pego novamente em arguição: Toda liberdade é criativa?
Logo me refaço, estou pronto para ser surpreendido pelo futuro, pois a luz que me ilumina, ilumina o todo.

Aceito que o saber e o não saber nos aproxima do mistério… este mistério que há em mim, em todos nós e em forma de sonho.
Estes mesmos sonhos que nos apontam para as (in)certezas que virão.
Afinal, que não é mais a vida que um conjunto de pequenas dúvidas?

Sim, são tempos difíceis para os sonhadores nesta busca de futuros incertos e por vezes, incompreensíveis.
Afinal, a vida é uma propriedade de complexidade improvável.
Um ir e vir de futuro bom e belo, um despertar do que queremos e não queremos mais.

Incertezas poéticas, com mentes abertas e, com medo ou sem medo, seguimos abrindo as portas de uma possível percepção coletiva.
Ensaiamos a todo momento nosso mergulho no vazio.
Assim imaginamos juntos novas realidades.

Esses momentos únicos de fruição e construção desse novo mundo que ainda não existe, mas que acabou de passar.
E o que mais
poderíamos falar sobre o que é esse imenso futuro? Um futuro feliz? Triste? Momentâneo e efêmero?

É nessa deliciosa incerteza que o mundo continua a florescer. Que novas janelas e portas se escancaram.
Somos nós quem construímos cada pedaço desta existência e cada pequena ação.

E que mesmo, estando aqui neste presente de visão torpe, mesmo que tudo deturpe nossos sentidos, o lugar do futuro é aqui, nesse abraço coletivo de sonhos e desejos assustadoramente brilhantes e incompreensíveis.

Que o vento leve meu abraço, cheio de afeto deste hoje, para esse incerto amanhã.”